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Capítulo 7 - A Expansão Colonial Européia - Século XIX Empty Capítulo 7 - A Expansão Colonial Européia - Século XIX

Qui Ago 16, 2018 9:33 pm
Capítulo 7 - A Expansão Colonial Européia - Século XIX


A Expansão Colonialista no Final do Século XIX
Publicado em 30 de março de 2016


Quais Foram as Justificativas Para a Expansão Colonialista? Que Tipos de Colônias se Espalharam Pela África? Como Ocorreu a Expansão Colonialista na Ásia Ocidental?

No final do século XIX, o compartimento do mercado europeu – devido às barreiras alfandegárias – levou as nações capitalistas a se lançar à busca de novos mercados extra-europeus e, essa expansão, às vezes assumia características colonialistas quando ocorria a conquista de territórios que ficavam submetidos econômica, administrativa, política, militar e ideologicamente.



Esse período foi marcado por uma séria crise econômica e social nos países desenvolvidos, onde os preços caíam, os negócios iam mal, bancos faliam e produção diminuindo. Esses mercados funcionavam como fornecedores de matérias-primas, consumindo a produção industrial dos países dominadores, proporcionando gêneros agrícolas e servindo de campo para a colocação de capitais excedentes da Europa.

Mas, a partir de 1870 a corrida imperialista deu ênfase à busca de áreas para a colocação de capitais disponíveis, garantindo maior margem de lucro. Esses capitais exportados eram aplicados sob duas (2) formas:

Capitais de Empréstimos: mediante elevadas taxas de juros, como por exemplo, o Brasil, que obteve empréstimo de 6 milhões de libras em 1888 e por ele pagou 14,5 milhões de libras.
Capitais de Investimentos: aplicados em serviços públicos ou atividades agrícolas ou industriais (geralmente extrativas); eram favorecidos pela disponibilidade de mão de obra farta e barata, baixos impostos, monopólio e outras vantagens.
Para justificar a política imperialista e colonialista apresentavam-se razões filantrópicas e humanitárias. As “nações adiantadas” tinham uma “missão civilizadora” a cumprir: livrar as “nações atrasadas” do canibalismo e sacrifícios humanos, proporcionando-lhes hospitais (e escolas) a fim de melhorar suas condições de vida.

Igualmente recorreu-se à justificativa da superioridade racial: os homens brancos eram superiores aos não brancos e, partindo de premissas pseudocientíficas, formularam mitos justificadores da submissão de povos africanos, asiáticos e latino-americanos.

Ao desenvolver-se, o colonialismo sempre se fez através da violência (inclusive militar) para quebrar a resistência das populações africanas e asiáticas. Na organização do sistema colonial houve vários tipos de colônias. Os protetorados mantinham nas mãos dos chefes locais poderes formais, embora a eles se superpusessem funcionários nomeados pelo país colonizador e que exerciam o real controle da política e da economia da colônia. Exemplos desse tipo foram o Marrocos (França), o Egito e a Índia (ambos pela Inglaterra).

Nas colônias propriamente ditas havia a ocupação territorial e a organização dos serviços político-administrativos e militar dirigidos por metropolitanos, que podiam ser de dois (2) tipos:

(A) Colônias de Enraizamento: quando o colonizador emigrava em larga escala e expropriava o colonizado de suas terras (Argélia, Angola e África do Sul); e

(B) Colônias de Enquadramento: quando o colonizador formava a minoria dirigente que, sem expropriar as terras do colonizado, se aproveitava dos benefícios do trabalho nativo. Foi o caso de muitas colônias inglesas na África.

A Expansão Europeia na Ásia Oriental

Desde a Expansão Marítima e Comercial dos séculos 15 e 16 o interesse europeu se manifestou e, por sua imensa população, a Ásia Oriental passou a ser encarada como um atraente mercado para a produção da indústria fabril europeia. O começo da Revolução Industrial levou os países industrializados a buscar mercados para vender seus produtos e para obter matérias primas a baixo custo.

Esses objetivos foram atingidos mediante tratados desiguais impostos pela força e, por volta de 1880, uma terceira etapa das relações entre asiáticos e ocidentais começou a se manifestar: _ buscavam-se campos de investimentos de capitais, aplicados em indústrias extrativas, empreendimentos agrícolas, transportes, etc.

Nesta fase, as diretrizes e os benefícios cabiam aos bancos – intimamente ligados aos complexos industriais. Em decorrência disso a competição imperialista foi intensificada provocando rivalidade entre antigas (Inglaterra e França) e novas potências (Alemanha, EUA, Rússia e Japão).


No final do século XIX, o compartimento do mercado europeu – devido às barreiras alfandegárias – levou as nações capitalistas a se lançar à busca de novos mercados extra-europeus e, essa expansão, às vezes assumia características colonialistas quando ocorria a conquista de territórios que ficavam submetidas econômica, administrativa, política, militar e ideologicamente.



Esse período foi marcado por uma séria crise econômica e social nos países desenvolvidos, onde os preços caíam, os negócios iam mal, bancos faliam e produção diminuindo. Esses mercados funcionavam como fornecedores de matérias-primas, consumindo a produção industrial dos países dominadores, proporcionando gêneros agrícolas e servindo de campo para a colocação de capitais excedentes da Europa.



Mas, a partir de 1870 a corrida imperialista deu ênfase à busca de áreas para a colocação de capitais disponíveis, garantindo maior margem de lucro. Esses capitais exportados eram aplicados sob duas (2) formas:



Capitais de Empréstimos: mediante elevadas taxas de juros, como por exemplo, o Brasil, que obteve empréstimo de 6 milhões de libras em 1888 e por ele pagou 14,5 milhões de libras.
Capitais de Investimentos: aplicados em serviços públicos ou atividades agrícolas ou industriais (geralmente extrativas); eram favorecidos pela disponibilidade de mão de obra farta e barata, baixos impostos, monopólio e outras vantagens.


Para justificar a política imperialista e colonialista apresentavam-se razões filantrópicas e humanitárias. As “nações adiantadas” tinham uma “missão civilizadora” a cumprir: livrar as “nações atrasadas” do canibalismo e sacrifícios humanos, proporcionando-lhes hospitais (e escolas) a fim de melhorar suas condições de vida.



Igualmente recorreu-se à justificativa da superioridade racial: os homens brancos eram superiores aos não brancos e, partindo de premissas pseudocientíficas, formularam mitos justificadores da submissão de povos africanos, asiáticos e latino-americanos.



Ao desenvolver-se, o colonialismo sempre se fez através da violência (inclusive militar) para quebrar a resistência das populações africanas e asiáticas. Na organização do sistema colonial houve vários tipos de colônias. Os protetorados mantinham nas mãos dos chefes locais poderes formais, embora a eles se superpusessem funcionários nomeados pelo país colonizador e que exerciam o real controle da política e da economia da colônia. Exemplos desse tipo foram o Marrocos (França), o Egito e a Índia (ambos pela Inglaterra).



Nas colônias propriamente ditas havia a ocupação territorial e a organização dos serviços político-administrativos e militar dirigidos por metropolitanos, que podiam ser de dois (2) tipos:



(A) Colônias de Enraizamento: quando o colonizador emigrava em larga escala e expropriava o colonizado de suas terras (Argélia, Angola e África do Sul); e



(B) Colônias de Enquadramento: quando o colonizador formava a minoria dirigente que, sem expropriar as terras do colonizado, se aproveitava dos benefícios do trabalho nativo. Foi o caso de muitas colônias inglesas na África.





A Expansão Europeia na Ásia Oriental





Desde a Expansão Marítima e Comercial dos séculos 15 e 16 o interesse europeu se manifestou e, por sua imensa população, a Ásia Oriental passou a ser encarada como um atraente mercado para a produção da indústria fabril europeia. O começo da Revolução Industrial levou os países industrializados a buscar mercados para vender seus produtos e para obter matérias primas a baixo custo.



Esses objetivos foram atingidos mediante tratados desiguais impostos pela força e, por volta de 1880, uma terceira etapa das relações entre asiáticos e ocidentais começou a se manifestar: _ buscavam-se campos de investimentos de capitais, aplicados em indústrias extrativas, empreendimentos agrícolas, transportes, etc.



Nesta fase, as diretrizes e os benefícios cabiam aos bancos – intimamente ligados aos complexos industriais. Em decorrência disso a competição imperialista foi intensificada provocando rivalidade entre antigas (Inglaterra e França) e novas potências (Alemanha, EUA, Rússia e Japão).
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